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Mitos e verdades sobre o perfume

Diversas ideias foram formadas durante o tempo sobre o perfume. Como é a fixação, se muda de acordo com o tom da pele, se o suor altera o cheiro, entre outras. Nesse artigo, tiramos todas as suas dúvidas sobre esses mitos, se são verdadeiros ou falsos.

Existe fixador em um perfume?

Mito! No mundo das grandes grifes de perfumaria não existe o produto fixador.

A qualidade de um perfume é medida pela:

*Riqueza de notas;

*Equilíbrio entre as notas;

*Identidade olfativa;

*Procedência de suas matérias primas.

Teremos muitas vezes perfumes maravilhosos, composto por notas que nos levam a outra dimensão, porem tais notas podem ter por natureza uma menos fixação, (Mais volátil), comparada a outra, não deixando assim de ser uma fragrância de qualidade.

A cor da pele “fixa” melhor o perfume?

Socialmente, a cor da pele não altera o perfume. O que acontece é que as peles acidas tentem a fixar melhor o perfume. Isso acontece, pois, a pele produz mais óleo e o óleo funciona como uma cola para as moléculas do perfume. O problema é que o óleo, em si, também captura odores não desejáveis com facilidade, então… Não é preciso nem dizer que higiene é fundamental para remover os aromas indesejáveis do corpo, além do excesso de sal e ureia expelido através do suor, mas é necessário proteger o manto ácido de sua pele para manter um nível adequado de acidez, que protege contra doenças.

O ideal é que sua pele tenha um bom nível de hidratação e umidade, então após o banho com sabonetes (que são geralmente alcalinos), hidratante nela!

O cheiro pessoal não muda o perfume?

Do mesmo modo que se você beber álcool, o cheiro do álcool vai sair do seu corpo (e pessoas que consomem muito álcool durante suas vidas têm um cheiro característico), torna-se fácil explicar porque o que você ingere tem relação intrínseca em como você cheira. E se sua pele cheira de um jeito, o seu aroma vai transparecer, mesmo sob seu perfume. É por isso que existe a tal “química” da pele com o perfume. É uma espécie de layering natural do seu cheiro corporal com o perfume. O perfume não muda, o que completa o binômio desta equação, é o seu cheiro.

Sua alimentação, se rica em gordura e especiarias, vai alterar a aparência da sua pele (e o seu cheiro natural). Também vai alterar o Ph da sua pele, o tornando mais ácido. Ou seja: se você consome muita carne, muita fast food, etc… seu corpo vai começar a cheirar assim. O inverso também é verdade.

Nunca se esqueça de que muitas toxinas são expelidas pelo seu corpo através do seu suor. Stress extremo e estados de saúde debilitados também alteram seu cheiro. Pessoas que mudam a dieta, passam por alterações hormonais (grávidas e lactantes são um ótimo exemplo), percebem que seu aroma pessoal também muda. Faça o teste.

Se nenhum perfume “combina” com a sua pele, reveja sua saúde. Seu corpo agradece!

O perfume muda de acordo com a pessoa?

Não é o perfume que muda, e sim seu próprio aroma. A junção dos dois aromas cria um terceiro aroma. Este sim, varia de pessoa para pessoa, mas o perfume, em si, é planejado para ter a mínima variação possível.

O melhor é contrabalançar peles ácidas com aromas “alcalinos” e vice versa?

Se fosse assim, perfumes cítricos não ficariam bem em peles ácidas, ou oleosas. Mas ficam, do mesmo modo que os aromas aquáticos. Do mesmo modo, os perfumes chypre são favorecidos em peles básicas, ou secas.

Perfumes à flor da pele são inferiores aos que tem maior projeção?

Para quem não sabe, o termo à flor da pele é usado para explicar um perfume que tem projeção, aura, sillage, ou radiância reduzida. Ele não é percebido muito bem de longe.

Muitas pessoas confundem a qualidade de um perfume com a projeção que o mesmo possui. Este mito tomou força nos anos 80, quando era moda perfumes com sillages extravagantes, ao ponto de alguns perfumes serem banidos de restaurantes por impedirem as pessoas de apreciarem os pratos.

Ainda sobre a projeção de perfumes, alguns perfumes são projetados para que alguns acordes sejam sentidos somente a uma certa distância, muito próxima a pele, enquanto outras notas têm raio de alcance maior (existe também informação de que algumas notas trabalham melhor em ambientes ácidos, reforçando a necessidade de hidratação). Ou seja, nem sempre a sinfonia de odores que você sente é o que acaba chegando além de uma distância. Assim, talvez o excesso faça o perfume parecer simplório, pois poucos acordes chegarão mais longe.

Perfume em óleo é melhor que perfume com álcool?

São dois produtos com perspectivas diferentes. Algumas pessoas acham que um perfume oleoso é mais “puro”, mais concentrado, e nem sempre isto é verdade. Pode ser apenas o composto (fragrância) dissolvida em óleo, em vez de em álcool como é mais comum hoje em dia.

A pele vai reagir diferente em cada caso, a temperatura corporal vai aquecer a fragrância, e dependendo do carrier (álcool ou óleo) o resultado vai ser diferente.  O álcool faz o perfume evoluir durante sua evaporação relativamente rápida, mostrando as notas. Pense em um desfile de escola de samba, com carro abre alas, alegorias, e a bateria mantendo tudo unido. Assim é um perfume, e o álcool faz esta harmonia “desfilar” nesta ordem, em um determinado espaço de tempo. Todos os elementos vão transparecer, porém têm hora marcada para deixar a avenida (no final fica o refrão na sua cabeça e o tumtumtum das notas de base, a bateria, ressoando levemente.)

Já com a fragrância dissolvida em óleo, a fixação na pele é maior (porque a evaporação quase não existe), porém, o perfume funciona mais como um rap, com linha de baixo marcante (as notas de fundo), porém pouca variedade melódica (não se trata dos meus gostos musicais, é só uma comparação). A fixação, por assim dizer, é mais pronunciada, mas a fragrância não tem uma evolução aberta e notas mais frescas são obliteradas por notas mais densas. Obviamente, altas concentrações da fragrância conseguem superar melhor a questão de evaporação em óleo. E é por isso que o álcool é o solvente mais popular hoje.

A evaporação é parte fundamental da magia do perfume como o conhecemos hoje, mas existem vantagens em ambas as versões.

Experimentar no blotter (papelzinho) é o suficiente?

Você já sabe a resposta para isso, certo?

Do mesmo modo que muitos perfumes ficam maravilhosos quanto aplicados na roupa, no cabelo, não quer dizer que vão ficar bem na sua pele. O calor do seu corpo vai trabalhar a fragrância (intensificando algumas notas) enquanto outras são mais perceptíveis em “ambiente neutro”.

Você vai ter uma ideia do quão boa a fragrância é, pelo blotter, mas vai saber se vai gostar de usá-la… usando.

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